julho 2014 | 2% ao Mês

Análise técnica ou fundamentalista: qual delas funciona?

Tenho lido alguns blogues aí pela nossa internet e vejo que existe às vezes uma espécie de "apartheid" entre as pessoas que usam uma técnica ou a outra. Tenho visto casos em que parece torcida de futebol e um cidadão passa até a xingar o outro por conta de o mesmo ser adepto de um técnica, enquanto o outro é adepto da outra. Existe então uma grande rivalidade!

Por tudo que já li, por todos os livros que já foram publicados sobre ambos os assuntos, por todas as postagens em blogues sobre esses: será mesmo que uma delas é errada e a outra é a certa? Ou melhor, aquela que eu escolher é a certa e devo então desdenhar do outro lado? Porque não acreditar que ambas funcionam e que você deve utilizar isso ao seu favor.

Até onde entendo, a análise Fundamentalista proporcionará uma visão da firma, dos fundamentos da empresa, que quando incluído o fator tempo, de forma a acompanhar a evolução dos indicadores, também traduzirá como está a performance da firma. Não é 100% de chance de ganhar, afinal, a performance passada boa, não garante performance futura boa e pode ocorrer o azar de os fundamentos piorarem justo após a realização de sua compra.

De forma totalmente diferente, a análise Técnica proporcionará uma visão do caminho da cotação da ação de determinada firma, no curto, médio ou longo prazo, tentando através de candlestick e dos formatos criados por estes dar uma pista de qual será o próximo movimento, não quer dizer que vai acertar, é uma pista e tem uma certa probabilidade para acontecer. Não vai levar em conta os fundamentos da empresa por trás daquele papel.

Á estratégia atual que considero seguir é utilizar a análise fundamentalista para o longo prazo, ou seja, comprar ações de empresas com boa performance dos seus fundamentos e utilizar a análise técnica para o curto e médio prazo, operando ações que apresentem alta volatilidade e performance intermediária de seus fundamentos, empresas essas que não demonstram a confiança necessária para o ato de comprar e segurar, mas que podem gerar um ganho no prazo mais curto, devido sua alta volatilidade.

Outra questão é quanto alocar em cada "modalidade". Bom, essa pergunta eu ainda não repondi totalmente nem para mim: acho que para alguém que trabalha muito e não tem tempo para acompanhar o pregão, que é o meu caso, é bom alocar pouco para a modalidade técnica, talvez 20% do total em renda variável, os outros 80% na modalidade fundamentalista já que esse perfil de pessoa pode analisar os fundamentos de uma empresa no final de semana por exemplo e decidir que passo tomar. Para alguém que tem tempo de sobra e pode acompanhar os pregões, a exposição poderia até ser maior na modalidade técnica.

Agindo dessa forma, ao longo do tempo, é possível criar a experiência necessária às decisões e poderá até escolher uma para alocar tudo nela, caso mostre a si mesmo em um prazo longo e bem documentado/contabilizado que uma técnica ou outra faz você acertar mais, elevando sua rentabilidade.

Resultado Jun/2014


Aqui estou eu de novo, já mais estudado em relação ao mercado financeiro. Desde março/2014 operando e investindo em ações. Preparei um gráfico para mostrar a rentabilidade comparando com o CDI e o IBOV, também uma tabela para demostrar como os meus recursos estão alocados, no momento. Para ficar no padrão dos demais investidores de blog, estou utilizando o sistema de cotas, do blog Além da Poupança, explicado no link. Por enquanto a meta mensal está em 1,2%, pois ainda estou aprendendo e, por hora, os 2% são ainda não factíveis para mim.


No mês de junho/2014, obtive crescimento total de 1,21%, pelo sistemas de cotas, ou seja, não contabilizando o efeito do meu aporte que foi de R$ 3,76 mil. Para mim, foi um ótimo crescimento, pois atingi pela primeira vez minha meta inicial que é de 1,2% am. No acumulado do ano, bati o CDI e o IBOV, pura sorte de principiante!


Atribuo o bom resultado à três operações que fiz com ALPA4, KLBN4 e opções da ITUB4. Mês passado também fiz operações com ITUB4, fiz nesse mês, quase a mesma coisa que fiz mês passado, como interpretei que ela estava a um preço alto, eu fiz uma trava de baixa e me sai bem com essa escolha. 

Enfim, com ações consegui 6,4% de rendimento, pura sorte de principiante e elevou meus rendimentos totais à 1,21%, pois com o restante em renda fixa, LCI e LCA, consegui a mesma baixa rentabilidade de aprox. 0,7%! Minha exposição em ações é baixa, por enquanto, aproximadamente 10% do meu patrimônio e isso me ajuda no fator psicológico, pois em algumas operações eu cheguei a ficar negativo, mas como havia percentualmente pouco dinheiro envolvido, eu não me desesperei e aguardei até a onda virar, e virou.

Por enquanto, como acho que a bolsa está sobre-valorizada no curto prazo pois a economia do país está mal, vou manter minha baixa exposição. Estou somente com um papel em carteira, a ALPA4, mas estudo a possibilidade de trocar por KLBN4, ou simplesmente comprar esta, quem sabe, mas aí eu aumentaria minha exposição em ações o que por enquanto vai contra a minha estratégia.
Estou no momento com uma estratégia conservadora, quase tudo em renda fixa e 10,9% em renda variável e até agora somente com operações curtas em ações, pois não achei ainda um papel que eu tenha coragem de comprar e segurar, embora as ALPA4 e KLBN4 sejam as mais próximas de entrar nessa modalidade de investimento, estou estudando-as.